sexta-feira, 3 de maio de 2013

Eu mesmo.

Bom dia, caríssimos amigos.
Tenho o grato prazer de ir me apresentando. Sou El Bantúria. O muceque me conhece, por outro nome, dos muitos que fomos adoptando ao longo de todas estas guerras. Mas o muceque conhece-me. Eu sou filho do muceque Cemitério Novo. Como disse no princìpio, irei me apresentando. Por enquanto, chega.
 
 

Funji com carne de kipiti




                                                                            











Hoje irei, uma vez mais, ao Piri. Se der darei uma saltada a Kibaxi. Desta não será propriamente para trabalhar. Andar pela mata, descer e subir, subir e descer o Kambututu. Derrubar, desmatar e abrir espaço para plantar alimentos naturais.

Irei ao Piri descansar, melhor, repousar. Passar o fim de semana, comer funji com kizaka, com usse ou com maxanana e peixe seco. O funji de bombó daquelas terras é branco, limpo e apetecível. Meu Deus, ainda cheira a funji. Um dia destes vou trazer para aqui a imagem. Hoje não, mas em breve farei isso. Funji feito pela Rosa M. Simão.

O que desagrada, é ver, durante essas viagens, os animais pendurados ao longo da via. É certo que é uma forma de subsistência. Mas podemos ganhar a vida sem nos dedicarmos a chacina desses seres vivos. E os caçadores já vão dizendo que a caça já escasseia. Isso não é bom para o ecossistema, tão pouco para a preservação da fauna, enfim da natureza.

Tem de se pôr fim a esta situação. Nos mercados que estão ao longo da via (EN 100), só se come funji com carne de caça. Desde javali, veado, gazela, macaco, paca, etc. A mim já enjoou. Além disso, os veterinários aconselham-nos a ter muito cuidado com as carnes de caça devido as zoonoses. Nunca sabemos quando é que um animal foi apanhado doente. Porque os animais da mata também adoecem e podem contaminar-nos.

Os meus colegas veterinários têm muito trabalho pela frente. Neste caso, o meu camarada Pedro Fuango terá uma batata tórrida nas mãos.

Com a ajuda das autoridades competentes, as "autoridades a quem desta competir", como rezava nas nossas obrigatórias, hoje em vias de extinção, guias de marcha, a situação pode reverter a favor do equilíbrio do ecossistema e preservação da natureza e da humanidade em particular.

Bem haja.