Hoje irei, uma vez mais, ao Piri. Se der darei uma saltada a Kibaxi. Desta não será propriamente para trabalhar. Andar pela mata, descer e subir, subir e descer o Kambututu. Derrubar, desmatar e abrir espaço para plantar alimentos naturais.
Irei ao Piri descansar, melhor, repousar. Passar o fim de semana, comer funji com kizaka, com usse ou com maxanana e peixe seco. O funji de bombó daquelas terras é branco, limpo e apetecível. Meu Deus, ainda cheira a funji. Um dia destes vou trazer para aqui a imagem. Hoje não, mas em breve farei isso. Funji feito pela Rosa M. Simão.
O que desagrada, é ver, durante essas viagens, os animais pendurados ao longo da via. É certo que é uma forma de subsistência. Mas podemos ganhar a vida sem nos dedicarmos a chacina desses seres vivos. E os caçadores já vão dizendo que a caça já escasseia. Isso não é bom para o ecossistema, tão pouco para a preservação da fauna, enfim da natureza.
Tem de se pôr fim a esta situação. Nos mercados que estão ao longo da via (EN 100), só se come funji com carne de caça. Desde javali, veado, gazela, macaco, paca, etc. A mim já enjoou. Além disso, os veterinários aconselham-nos a ter muito cuidado com as carnes de caça devido as zoonoses. Nunca sabemos quando é que um animal foi apanhado doente. Porque os animais da mata também adoecem e podem contaminar-nos.
Os meus colegas veterinários têm muito trabalho pela frente. Neste caso, o meu camarada Pedro Fuango terá uma batata tórrida nas mãos.
Com a ajuda das autoridades competentes, as "autoridades a quem desta competir", como rezava nas nossas obrigatórias, hoje em vias de extinção, guias de marcha, a situação pode reverter a favor do equilíbrio do ecossistema e preservação da natureza e da humanidade em particular.
Bem haja.
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